Resíduos industriais no Brasil
Os resíduos industriais, popularmente conhecido como lixo industrial, são resíduos provenientes dos mais variados tipos de processos industriais, assim suas propriedades variam de acordo com cada processo, o que gera uma grande variedade na composição de cada dejeto, fazendo com que muitos deles sejam perigosos, não só para o meio ambiente, quanto para os seres humanos que entrarem em contato com essas substâncias.
No Brasil, mesmo com as políticas ambientais que sancionam indústrias que faziam o descarte incorreto, esse tipo de resíduo é ainda um dos maiores poluidores do meio ambiente brasileiro. Esse tipo de material causa uma poluição no ar, nas águas, pois muitos são descartados em rios e mares, e além disso, ocorre a poluição do solo, ocasionando uma contaminação dos lençóis freáticos.
Classificação
No Brasil, os resíduos industriais são classificados por meio das diretrizes estabelecidas pela NBR 10.004 (2004) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que os classifica da seguinte maneira: Classe I (perigosos) e Classe II (não perigosos), que é dividida em Classe II A (não inertes) e Classe II B (inertes).
Classe I: Perigosos
Os resíduos desta classe são aqueles que apresentam grande perigo e algumas características, como toxicidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, patogenicidade, dentre outras.
Classe II A: Não perigosos e não inertes
São os resíduos que não possuem nenhum aspecto que possa gerar perigo, porém podem ter características como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.
Classe II B: Não perigosos e inertes
São aqueles que, quando submetidos a testes de solubilização, não apresentam nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. Assim, a água continua potável quando entra em contato com essa classe, pois ela mantém seus aspectos de cor, turbidez, dureza e sabor.
Problemas e perigos do descarte incorreto
Os resíduos industriais descartados incorretamente podem causar sérios problemas ambientais. Essas “sobras” industriais, muitas vezes por serem tóxicas e perigosas, causam uma contaminação no solo e mudam as características da água, já que os lençóis freáticos são contaminados, o que prejudica a vida marinha de lagos, rios e mares ao redor dessas indústrias que fazem o descarte incorreto.
Além dos problemas ambientais, as empresas que fazem o descarte incorreto, perdem muito a sua credibilidade e acabam afetando toda a comunidade ao redor. Isso leva a falta de financiamentos e investimentos na empresa, a sanções por órgãos governamentais e a insatisfações dos clientes, assim é de extrema importância que o descarte seja feito de forma correta e esteja regulamentado na lei.
Descarte correto e sua importância
Esses resquícios de produção muitas vezes não podem ser descartados como materiais comuns e precisam ter um controle e planejamento estratégico para não prejudicarem o meio ambiente e a saúde pública. Devido a sua grande variedade, alguns deles podem ser reutilizados e reaproveitados na indústria ou em outros setores do mercado. Portanto, isso faz com que cada resíduo tenha seu planejamento de descarte adequado.
Diante desse cenário, a legislação brasileira sancionou que os geradores dessas “sobras” da produção têm a obrigação de cuidar do gerenciamento, tratamento, transporte, e destinação final dos resíduos produzidos de forma contínua e ininterrupta. Estar dentro da lei e ter um plano de gerenciamento de resíduos gera credibilidade na empresa, tanto da comunidade a sua volta, quanto a futuros investimentos e também na manutenção do meio ambiente.
Como cada tipo de dejeto necessita um tratamento especial e um plano de gerenciamento, é importante conhecer os principais tratamentos que esses dejetos passam antes de seguirem para outras etapas, como o transporte e armazenamento, a fim de minimizar os impactos ambientais e contribuir para uma gestão mais saudável dos resíduos industriais.
Principais processos de descarte dos resíduos industriais
Esses tratamentos são fundamentais para que todas as etapas do descarte ocorram corretamente, e tenham um impacto menor ao meio ambiente, para que assim seja feito o descarte correto dentro das legislações e sanções dos órgãos governamentais. Dentre esses tratamentos se destacam os processos térmicos, que podem ser feitos por:
- Incineração: Queima controlada dos resíduos usando fornos ou usinas apropriadas. Essa técnica por ser feita em altas temperaturas fazendo com que as “sobras” se transformem em cinzas inertes, reduzindo muito o volume de resíduos industriais.
- Técnica plasma: Essa técnica consiste em introduzir muita energia (calor acima de 3000°C) nos resíduos em um sistema isolado para que toda a matéria se transforme em plasma (substância que existe no estado sólido, líquido e gasoso). Essa técnica ainda não é muito utilizada no Brasil por conta do alto custo e por conta da adequação na política ambiental.
- Pirólise: Nesse tratamento, os resíduos orgânicos são decompostos pelo calor pela falta de oxigênio em um sistema isolado.
Além dos processos térmicos, os processos físicos também são de extrema importância, pois eles servem como pré-tratamento dos resíduos para que eles possam seguir para novas etapas do descarte. Dentre eles, se destacam:
- Separação Gravitacional: Essa atividade explora as diferenças de densidade entre as fases dos materiais.
- Redução de partículas: Consiste em processos mecânicos que são formados por peneiras e moinhos, que servem para reduzir o tamanho das substâncias.
- Centrifugação: Técnica mecânica de separação de acordo com as densidades diferentes, por meio da força centrífuga.
A variedade de tratamentos é muito grande, já que a variedade de dejetos é grande, assim o ideal é seguir um plano de gerenciamento de resíduos, pois nele estará presente todas as informações sobre como deve ser feito o descarte correto. Diante desse cenário, a EQ Júnior já trabalhou com essa situação, na qual aplicou-se o serviço de Plano de Gestão de Resíduos Sólidos no laboratório Termofrio, e assim tornou-se mais um case de sucesso da EQ Júnior Consultoria e Projetos.
Quer conhecer um pouco mais sobre o case da Termofrio e o que mais podemos fazer sobre a gestão de resíduos sólidos? Confira mais clicando aqui