O que significa emissão de carbono e o carbono equivalente?
A emissão de carbono é um dos principais desafios enfrentados pela humanidade no século XXI. É resultante principalmente da queima de combustíveis fósseis, assim como do desmatamento e de atividades industriais. A liberação desenfreada de carbono na atmosfera por tais atividades humanas têm implicações significativas para o meio ambiente.
O aquecimento global, decorrente da intensificação do fenômeno do efeito estufa, é apenas uma dessas implicações. Causado principalmente pelo aumento das concentrações de dióxido de carbono (CO2) e de outros Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera, devido à retenção de calor na Terra por esses gases. O aquecimento global resulta em um aumento gradual das temperaturas médias do planeta, gerando consequências devastadoras.
Para medir o impacto das emissões de carbono e comparar diferentes gases, utiliza-se o conceito de “carbono equivalente”. O carbono equivalente é uma medida que combina a quantidade de gases de efeito estufa liberados em uma única unidade, com base na capacidade de cada gás de reter calor na atmosfera. Dessa forma, pode-se comparar as contribuições de diferentes GEE em termos do potencial de aquecimento global que causam. Alguns dos principais GEE são dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e clorofluorocarbonos (CFC’s) – estes últimos considerados os grandes responsáveis pela destruição da camada de ozônio.
Quais os impactos ambientais da emissão de carbono?
Um dos efeitos mais preocupantes da emissão de carbono é o derretimento das calotas polares e geleiras. Pois, resulta no aumento do nível do mar, o que ameaça diretamente comunidades costeiras e ecossistemas sensíveis . Além disso, eventos climáticos extremos, como furacões mais intensos e chuvas torrenciais, tornam-se mais frequentes. Colocando em risco a segurança de populações inteiras.
Os padrões de precipitação também são alterados, devido a emissão de carbono. Causando secas prolongadas e desertificação, ja outras, sofrem com inundações. A escassez de recursos hídricos e a degradação da qualidade da água são problemas mais frequentes ao redor do mundo.
A agricultura e a segurança alimentar também são afetadas pelas mudanças climáticas. O que causa a redução da produtividade das culturas, afetando a disponibilidade de alimentos e aumentando os preços dos produtos. Um artigo da EMBRAPA disseca um estudo revelador dos impactos do aquecimento global na agricultura, realizado com diversas culturas e coordenado por Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade de Campinas (Unicamp), e Eduardo Delgado Assad, da Embrapa Informática Agropecuária.
Além disso, os ecossistemas naturais são impactados, levando à perda de biodiversidade e ao declínio de espécies vegetais e animais. A acidificação dos oceanos, causada pela absorção de CO2, prejudica os organismos marinhos, afetando toda a cadeia alimentar. Os efeitos se estendem até mesmo para a saúde pública.
Qual a previsão se as emissões continuarem nesse nível?
Se a emissão de carbono e GEE continuarem a aumentar, os impactos ambientais poderão ser devastadores. Modelos climáticos indicam que o aumento da temperatura global trará consequências severas para a humanidade e para o planeta. Algumas consequências seriam, por exemplo:
- intensificação da ocorrência de eventos extremos, como tempestades, ondas de calor, secas prolongadas e inundações;
- elevação do nível do mar, devido ao derretimento das calotas polares, ameaçando comunidades costeiras e cidades;
- escassez de recursos hídricos, causadas pelas mudanças nos padrões de chuva levam à diminuição de disponibilidade de água potável;
- deslocamento forçado de populações e aumento de conflitos políticos e sociais, causados por tensões agravadas pela falta de recursos dado o aquecimento global.
O estudo realizado pela Cepabri, Unicamp e EMBRAPA aponta também que as consequências para a agricultura brasileira serão catastróficas. A soja, principal produto agrícola do Brasil, sofrerá forte perda econômica em projeções posteriores à 2050. As perdas podem chegar a R$ 7,6 bilhões em 2070, decorrente de uma diminuição de 40% da área de plantio. A região que mais deve sofrer os impactos é a região Sul.
O que pode ser feito para diminuí-las?
Atualmente, são cada vez mais frequentes medidas de combate às elevadas emissões de carbono. A transição de fontes não renováveis de energia, como os combustíveis fósseis, para energias renováveis, como solar, eólica, hidrelétrica e geotérmica é um tema em voga no mundo inteiro. O mercado tem se tornado ávido por aquelas empresas que utilizam energias limpas e possuem políticas de sustentabilidade como prioridade.
A neutralização de carbono é um tema com forte tendência de crescimento, assim como os créditos de carbono. Alternativa para o combate às emissões de GEE, a neutralização de carbono ocorre por meio do plantio de árvores para captura de CO2. Já o crescente mercado dos créditos de carbono é uma compra e venda de créditos desta neutralização, opções viáveis a empresas incapazes de realizarem grande plantio arbóreo.
A economia circular é outra proposta inovadora e em alta que combate e promove a sustentabilidade. Baseia-se na associação de desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais. Por meio de novos modelos de negócios e da otimização da fabricação, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis. Um exemplo disso é o aproveitamento de resíduo de cana-de-açúcar em uma planta de etanol. Esse biocombustível pode ser usado para geração de energia ou para valorização com outros fins.
Qual tem sido a resposta global para essa questão ?
Um artigo da The Nature Conservancy trata do relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas) de março de 2023 e revela possibilidades de combate à emissão de carbono. O texto aborda a importância de uma colaboração global e envolvimento de diferentes segmentos da sociedade. Deve haver uma cooperação entre todos países, em especial os mais desenvolvidos, que geram mais emissões, para a criação de planos de ação mais ambiciosos para eliminar emissões e absorver carbono da atmosfera, assim como se comprometer com a implementação por meio de acordos internacionais como o Acordo de Paris de 2015.
Entretanto, a cooperação parte também do setor privado, em que as empresas devem reduzir ou neutralizar sua pegada de carbono. Além disso, as comunidades indígenas são alguns dos mais importantes protetores do carbono vivo, já que as áreas manejadas por comunidades têm taxas de desmatamento muito menores do que áreas protegidas pelos governos. De fato, Terras Indígenas abrigam 80% da biodiversidade remanescente no mundo e 17% do carbono florestal do planeta, e por isso é necessário apoiar povos indígenas a manterem esse seu papel crucial.
Por fim, a conscientização de cada indivíduo é também fundamental para a redução das emissões de carbono, pois a relevância do tema é atingida com um entendimento global da importância do tema.
Como podemos te ajudar a diminuir a sua emissão de carbono?
Compreendendo a importância desse tema e a urgência de tomarmos medidas praticar para soluciona-lo a EQ Júnior desenvolveu uma série de soluções na área ambiental. Essas soluções focam na neutralização de carbono por meio de planilhas de calculo de emissão e outras ferramentas para diminuir o impacto ambiental das suas operações. Entre no nosso site, na área de soluções ambientais, e entre em contato conosco para marcarmos uma reunião.