O setor químico industrial brasileiro cresce a cada dia, há grandes oportunidades e crescente inovação nesse ramo. Com isso, esse campo é o responsável por cerca de 3% do PIB brasileiro, além disso, o Brasil ocupa o oitavo lugar na posição no ranking mundial dos países com o maior número de parques industriais. Esse setor é um dos mais diversificados sendo segmentado em diversas áreas: saneantes, fertilizantes, cosméticos, tintas etc. Apesar disso, surge nessa categoria um alerta devido a utilização de produtos químicos que apresentam periculosidade ao meio de trabalho, além do risco empregado ao trabalho industrial. Com isso, é importante que haja uma gestão de riscos voltada para a realidade de cada indústria a fim de evitar possíveis acidentes.
O que é Gestão de Riscos?
A gestão de riscos atua na identificação precoce de perigos aliados a toda a escala de produção de um determinado produto. Tem por finalidade gerenciar e contornar os impactos gerados por esses riscos ou então minimizar os danos causados. A partir do gerenciamento de riscos é possível identificar problemas durante o processo produtivo que ocasione acidentes de trabalhos e acidentes ambientais. Além disso, é uma aliada na garantia da qualidade dos produtos e na prevenção de prejuízos econômicos. Com ela, pode-se planejar e antecipar os problemas e assim evitar desgastes futuros.
Etapas do gerenciamento de riscos
O gerenciamento de riscos é elaborado em cinco etapas: a identificação dos possíveis riscos, a análise qualitativa e quantitativa dos problemas, o planejamento das ações necessárias para a resolução dos perigos de produção, a informação e comunicação com toda a equipe de funcionários da empresa e, por último, o monitoramento desses riscos.
Identificação
A primeira etapa da gestão de riscos contempla a identificação de todos os problemas que possam gerar possíveis riscos ao processo industrial. Esse levantamento de problemas pode ocorrer de diversas maneiras, porém um dos métodos mais conhecido é o do Brainstorming. Nesse método acontece uma “tempestade” de ideias durante a revisão de todos os processos envolvidos na produção.
Além disso, é importante considerar todos os setores da empresa, até mesmo os que não ocorre o processo produtivo. Por exemplo, pode-se imaginar que para uma empresa funcionar é fundamental que haja orçamento, pois em caso de falta todo o processo de produção é parado o que por sua vez acaba gerando perdas financeiras. A gestão de risco considera todo e qualquer tipo de risco que afete o processo produtivo de uma empresa.
Entretanto, não é todo problema que merece um gerenciamento de riscos e, por isso, é fundamental levar em conta apenas os problemas que representam um risco iminente à operação industrial. Para identificar esse risco o problema levantado deve ser uma incerteza no futuro e que tenha impactos no processo. Por exemplo, se o evento acontecer é uma chuva e sua produção não depende de eventos climáticos, então não é necessário controlá-lo.
Análise qualitativa
Após a identificação dos riscos é necessário analisar qualitativamente como cada problema pode interferir no processo. Com essa etapa é possível dimensionar a importância de cada risco através de escalas de impacto e probabilidade e compreender como esses riscos irão impactar no processo produtivo. E, dessa forma, classificar cada problema com base nos eventos mais possíveis de acontecer até o menos provável.
Nessa etapa é preciso considerar os dados de acidentes de trabalho que a empresa possui a fim de analisar a probabilidade de acontecer determinado evento e o impacto gerado por esse.
Análise quantitativa
Já a análise quantitativa surge justamente para quantificar esses perigos, atribuindo dados numéricos em cada problema identificado. Essa etapa pode ser realizada por diversas metodologias diferentes.
De maneira geral, é importante atribuir números que comprovem a realidade apresentada na análise qualitativa, priorizando os riscos classificados na etapa anterior. Essa etapa se faz importante, pois é exatamente a partir dela que é possível definir os primeiros passos para a tomada de um plano de ação.
Planejamento
Com os riscos identificados e devidamente analisados, é hora de tratar um plano de ação para cada um. A partir desse ponto é possível definir medidas preventivas de segurança para que o evento não aconteça e, também, medidas corretivas para minimizar os impactos ocasionados. Nessa etapa ocorre a definição das metas que serão traçadas.
Dessa maneira, o papel do planejamento nada mais é que a otimização dos problemas e a organização de um plano de ação para cada risco analisado. Contemplando primeiro os problemas que precisam de uma ação urgente até os que demandam uma ação futura.
Podemos citar como medida preventiva aos acidentes de trabalho na indústria química como a Gestão dos Produtos Químicos. Já para a prevenção de acidentes ambientais ou até mesmo medidas de menor impacto ao meio ambiente têm-se como exemplo o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, o PGRS. E para contornar desgastes econômicos e evitar problemas de qualidade: o Mapeamento de Processos e o Dimensionamento de Equipamentos podem ser uma alternativa para essa problemática.
Informação e comunicação
Com os planos de ações definidos é fundamental manter toda a equipe de trabalho de sua empresa bem informada. Essa comunicação deve ser clara e objetiva, seja através da aplicação de treinamentos de seguranças ou palestras e workshop.
Monitoramento
A gestão de riscos é um processo de gerenciamento e, por isso, é fundamental um acompanhamento de cada risco periodicamente em cada parte da atividade industrial. Para que assim haja garantia da eficácia do processamento industrial e a aplicação de medidas preventivas de acidentes.
Com isso, pode-se observar que a melhor alternativa deve ser a remediação dos problemas dado a simplicidade do processo de gerenciamento de riscos. Além disso, com a aplicação da gestão de riscos há uma garantia no bom funcionamento do processo industrial com a prevenção de acidentes. Garantindo ainda a qualidade do produto e a economia de sua empresa.